Fazer parcerias com diversas instituições e criar uma rede da Zona Oeste com tudo que está acontecendo no cenário cultural carioca é uma das estratégias do projeto para a formação e qualificação artística dos Agentes Culturais. Nesta perspectiva começamos a vincular nossas ações à criação do imaginário por meio de procedimentos que buscam no território as suas histórias, assim, nosso primeiro passo para a construção desta narrativa foi trazer profissionais e instituições para compor esta estratégia. O primeiro a vincular a construção da linguagem do audiovisual ao da busca por personagens e histórias foi o convidado da semana, o Professor e Realizador de Audiovisual Vicente Duque Estrada – “utilizando bolas de gás, os alunos foram motivados a escolher um personagem real que conhecessem de sua rua, comunidade, trabalho ou escola. Desenhar esse personagem na bola e, em grupos, criar uma cena curta com esses personagens. Divididos em grupos, cada em deles apresentou sua historia”.
Seguindo esta temática da Criação Audiovisual vinculado ao território, na semana seguinte tivemos a presença do Cineasta Diego Bion, que foi aluno da Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, atualmente faz parte da Equipe de mediadores da Escola, ele é também o Fundador do Cineclube Buraco do Getúlio e um dos membros da Equipe do Estética Central. Bion propôs aos alunos a experiência de curta-metragem como expressões de uma linguagem simbólica, foram assistidos aos filmes “Santiago” de João Moreira Salles e “Papo de Botequim” de Alan Ribeiro. A participação do Bion nesta aula esteve diretamente vinculado ao foto dele atualmente estar compondo a Equipe do Festival de Cinema Estética Central, que este ano trouxe a novidade de ter um núcleo móvel e que em parceria com a Escola Livre de Teatro, fez do Arthur Azevedo seu local de ação no Bairro de Campo Grande. Este Festival Itinerante “foi pensado há quatro anos atrás por ex-alunos da Escola de Arte e Tecnologia OiKabum! com a intenção de promover o uso de tecnologias mais acessíveis à população e oferecer inúmeras possibilidades encontradas nas mídias móveis através de celulares e de pequenas câmeras de vídeo”. Em seqüência a este encontro muitos alunos se propuseram a colher imagens e histórias para serem editadas na semana seguinte com o Estética Central.
Mão na Massa, enquanto tudo estava sendo arrumado os editores acharam um cantinho com sombra pra começar a edição. O Teatro estava lotado recebendo um Festival de Dança, era uma disputa de espaço entre o teatro, a dança, a música e do lado de fora o Cinema sob a Lua do Sol de Verão. Nossos alunos foram divididos em equipes e sob orientação dos técnicos do festival rumaram na captura imagens.
O festival linkou Campo Grande e suas histórias no cenário da construção de suas memórias e idéias, postaremos em breve os textos dos alunos falando o pouco de seus vídeose da experiência.